sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Plataformas de Petróleo nos EUA

O número de plataformas de petróleo em operação nos EUA diminuiu mais uma vez, passando de 1.456 para 1.358 – essa foi a maior queda semanal em número de plataformas de petróleo desde 1993.

Apesar disso, a produção de petróleo aumentou e os depósitos estão usando quase a capacidade total.

Como já dissemos antes, esse número ainda vai refletir nas taxas de desemprego; ontem saiu o número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA e ele veio acima de 300k, apesar das expectativas positivas para a economia.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Por que investir em Ouro?

O ouro sempre atraiu a atenção.

Alguns arqueólogos sugerem que o uso do ouro começou com as primeiras civilizações no Oriente Médio e acreditam que ele tenha sido o primeiro metal utilizado pela humanidade.  Ele é considerado um símbolo de riqueza e prosperidade e foi usado como dinheiro durante milênios, tendo valor em transações comerciais em função de sua escassez.

Há alguns séculos, os ourives (que trabalhavam com metais e pedras preciosas) tinham cofres em casa e começaram a alugar espaços neles para que as pessoas pudessem guardar seu ouro. Como em qualquer transação, esses ourives emitiam um certificado de depósito do metal em seu poder.

Logo eles notaram que poderiam ter um negócio à parte, emprestando esse ouro, que não era deles, para outros a juros. Um negócio muito bom, já que eles cobravam das pessoas uma pequena porcentagem para guardar o ouro e ainda emprestavam esse mesmo ouro a juros. Eles ganhavam, assim, dinheiro com um ouro que não era deles.

Contudo, a coisa ficou ainda melhor, quando eles descobriram que várias transações comerciais aconteciam sem a troca do ouro em si, mas com a troca dos certificados (recibos) do ouro que eles guardavam. Havia aí uma oportunidade imensa de burlar o sistema, emitindo certificados de ouro sem nenhum lastro, ou seja, sem que o ouro mesmo existisse, e ainda cobrando juros sobre esses certificados. Qualquer semelhança com o sistema bancário de hoje em dia não é mera coincidência.

Sem a necessidade de dizer, esses ourives amealharam grandes fortunas. Seu único medo era o de uma “corrida ao banco”, ou seja, se algumas dessas pessoas com os certificados de ouro fossem até o “banco” trocá-los pelo seu devido ouro. Já ouvimos diversas vezes a história de que se todos fossem até o banco ao mesmo tempo, não haveria dinheiro para todos – e não haveria mesmo, pois grande parte desse dinheiro (ouro) não existia.

Esse era um grande risco dos banqueiros e a ideia de um Banco Central surgiu aí, como emprestador de último recurso, garantindo a sobrevivência de um banco e evitando “corridas”; pelo menos para os “amigos” (também conhecidos como acionistas dos Bancos Centrais).

Vamos falar sobre esse tema depois, mas gostaríamos de listar algumas razões pelas quais acreditamos que o investimento em ouro é importante (e será o mais rentável) da atualidade:

1- O ouro é escasso: ele é um dos metais mais raros na natureza. Para se ter uma ideia, todo o ouro já minerado na história da humanidade mal encheria 3 piscinas olímpicas. E está cada vez mais difícil encontrá-lo. Para se ter uma ideia, segundo a SNL Metals Economics Group, foram encontrados 22 depósitos de ouro com pelo menos 56 toneladas em 1995; em 2010 foram 6 depósitos e em 2012 nenhum foi descoberto.

2- O ouro é fácil de ser transportado: por ser muito denso, pode-se transportar grandes quantidades do metal em um pequeno espaço, o que tem grande valor, especialmente em países onde há instabilidade;

3- Proteção contra a inflação: o ouro é uma proteção perfeita contra a inflação, no longo-prazo. Sem dúvida, há um grande trabalho para se obter ouro e um elevado custo associado a isso. Há que se achar o ouro, minerá-lo, purificá-lo e fundi-lo para que possa ser usado. Isso demanda horas de trabalho, muitos homens, energia, água, enfim, diversos recursos. Por isso, ele tem valor. Na época de Jesus Cristo, com 30g de ouro comprava-se uma túnica, sandálias, uma cinta e uma bolsa. Hoje, com 30g de ouro, compra-se um terno, cinto, sapatos e uma pasta. O dinheiro de verdade, medido pelas horas de trabalho, não perde valor com o tempo – ao contrário das moedas, cujo poder de compra vem sendo diminuído com o passar do tempo (há uma impressão desenfreada de dinheiro);

4- O ouro possui diversas aplicações: além do tradicional emprego na indústria joalheira e de adornos, que representa cerca de 45% da demanda do metal, por ser extremamente maleável, dúctil, excelente condutor de eletricidade e por não corroer, o ouro também encontra usos diversos na indústria eletrônica, aeroespacial, automotiva, em equipamentos químicos, em fotografias, etc. Para ilustrar, com apenas 30g de ouro é possível produzir um fio com 90km de extensão ou então uma folha de 30m². Claro, o uso mais conhecido e amplo do ouro é em reservas dos Bancos Centrais.

5- A demanda pelo ouro é superior à produção: em 2013, a produção mundial de ouro foi de 2.770 toneladas, contra uma demanda de 3.756,1 toneladas, segundo o World Gold Council. A demanda foi bem superior à produção, e é raro vermos esse tipo de situação perdurar, sem haver um ajuste no preço.

6- Países estão aumentando suas reservas em ouro: países como Rússia, China, Turquia e Índia vem aumentando suas reservas em ouro, nos últimos tempos.  A China, que não revela seus números há alguns anos, é a maior produtora mundial e, além de não exportar, ainda importa mais de 30% da produção. A Rússia, um dos maiores produtores, também vem aumentando suas reservas do metal ao mesmo tempo em que vem diminuindo suas reservas em dólar. A Índia, o segundo maior consumidor mundial, estuda incentivar a importação (diminuindo tarifas) do metal, o que aumentaria ainda mais a demanda. Pode haver surpresas no horizonte com esses países e a volta de alguma forma de padrão-ouro.

7- O sistema financeiro está super-alavancado: isso traz grande risco para os participantes do mercado e o ouro traz segurança. As moedas estão bem voláteis esse ano, mais ainda que as ações, o que é preocupante.

8- O custo para se investir em ouro agora é baixo: com taxas de juros nas mínimas históricas em todo o mundo desenvolvido, o custo de carregamento do ouro é baixíssimo, o que deve aumentar a demanda pelo metal. As pessoas que economizam estão tendo seu poder de compra dilacerado a cada dia, com a impressão desenfreada de dinheiro e consequente inflação dos preços.

9- No caso do Brasil, o ouro é uma excelente proteção contra a desvalorização cambial, com vantagens: como o preço do ouro no mundo é em dólares, o metal acompanha a valorização cambial do dólar mais a valorização do metal, ou seja, há espaço para um ganho maior ainda a partir daqui.

10- O ouro é o melhor hedge contra a insanidade dos Bancos Centrais: no mundo todo, o objetivo no momento é desvalorizar a própria moeda para fomentar os exportadores. Então vemos os BCs de todo o mundo imprimindo mais e mais dinheiro para diminuir o valor do mesmo e, consequentemente, aumentar a inflação. Como essa insanidade parece não ter fim, o ouro, que é dinheiro, serve como um hedge perfeito no longo-prazo, pois os BCs não podem imprimi-lo à vontade. Isso o torna ainda mais raro, em comparação com a quantidade de dinheiro em circulação.


Assim, acreditamos que o ouro seja o melhor investimento nesses tempos turbulentos. O risco x retorno de investimentos como esse não aparecem todos os dias. É melhor comprar enquanto está disponível e nesses níveis.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Vem alta do PIB aí...

No Brasil até o passado é incerto, já dizia Pedro Malan, ex- Ministro da Fazenda. Essa frase é sempre atual.

O IBGE vai revisar a série histórica do PIB brasileiro e incluir alguns itens como pesquisa e desenvolvimento (P&D) na conta da formação bruta de capital fixo e também incluir despesas na exploração de petróleo e gás natural, como licenças e poços furados mas não produtivos.

Na última revisão do PIB, em 2007, o IBGE reviu as médias de 2.2% aa para 2.4% aa.  Essa revisão não deve ser diferente e deve aumentar o crescimento da economia – pelo menos no papel.


Então, ficamos assim: se a inflação subir muito, muda-se a metodologia para calcular o índice. Se o PIB crescer pouco, muda-se a metodologia para calcular o índice. E tudo acabará bem... PIB em alta, inflação em baixa!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Baltic Dry Index

O Baltic Dry Index (BDI), índice amplamente usado por representar o valor das commodities em circulação pelo mar, caiu hoje para o menor nível na sua história.

Esse índice mede basicamente a demanda global por commodities. O preço do barril de petróleo já caiu, assim como o minério de ferro. Seria o BDI a próxima vítima do fim do QE3?

As ações e bônus seguem com pequena baixa (seria risco alto?), enquanto os metais preciosos vão subindo.


Acabou mesmo a crise? O mundo está crescendo? Você decide...

Greenspan

Alan Greenspan apareceu com novas declarações, dessa vez sobre o euro, a moeda europeia. Segundo ele, a Grécia sairá da zona do euro e ele não acredita que o euro  continuará existir.

Greenspan, que no ano passado disse que a única moeda verdadeira é o ouro, parece estar tentando se redimir dos anos à frente do FED, onde proporcionou orgias monetárias até então jamais vistas (e serviu como exemplo para Bernanke e agora Yellen).


Vamos ver se o “maestro” ainda comanda o jogo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Resultado de Janeiro

Tivemos mais um bom mês em janeiro, com nosso fundo multimercado subindo mais de 2,5% e com boas perspectivas para o ano.

Nossa visão sobre o andamento da economia mundial começa a se tornar realidade e as consequências para o Brasil serão enormes.

O PIB dos EUA começa a desacelerar, assim como nos outros países do primeiro mundo. Nesse ano, até agora, foram 15 cortes nas taxas de juros pelos Bancos Centrais (a Austrália foi a última, há dois dias) e nada da economia mundial se recuperar. Aliás, ninguém com bom senso poderia esperar uma real recuperação. O que vimos presenciando até então é uma alta nos preços dos ativos, confundida com prosperidade.

Como já dissemos várias vezes, o corte na taxa de juros não trás prosperidade, senão bastaria cortar a taxa de juros para que todos nos tornássemos milionários. Na verdade, juros baixos e QE somente ajudam as classes mais abastadas. Basta ver um estudo da Oxfam International publicado há duas semanas que mostra que a concentração de riqueza aumentou desde o início dos programas de QE e de juros zero.

Aqui no Brasil, já se fala em aumento de impostos novamente, como parte do impacto de credibilidade trazido pelo Levy. Infelizmente, só vemos aumentos ou criação de novos impostos, não corte de gastos. O Estado continua aumentando, assim como as ineficiências geradas.

Como já dizia Tom Jobim, o Brasil não é para principiantes...


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

PIB dos EUA

Sexta-feira saiu o tão esperado PIB do quarto trimestre dos EUA. A expectativa era de um crescimento de 3,2% (já revisado para baixo), mas o número surpreendeu negativamente, com um crescimento de apenas 2,6%.

Coincidentemente, o quarto trimestre foi quando não havia mais QE...

A Bolsa americana já voltou para o nível pré-QE3 e o mercado imobiliário dá sinais de piora. Isso sem falar nos preços do petróleo, cobre, etc.


Enquanto isso, o preço do ouro continua subindo forte (quase 10% em janeiro em dólares).