segunda-feira, 29 de junho de 2015

Mercados Hoje

É, hoje o dia não começou bem para os mercados... Controle de capitais na Grécia (e uma possível saída do euro em breve), crash na China (apesar de cortes nas taxas de juros desse país) e um default de Porto Rico (estado americano).

Já havíamos alertado para todos os eventos acima e isso não deve ser visto com surpresa, apesar da reação dos mercados.


O ouro sobe, com uma alta na procura por hedge. Continuamos recomendando aos nossos clientes que tenham uma exposição aos metais preciosos. Como disse Ray Dalio recentemente, não há razão alguma para as pessoas não investirem em ouro, a não ser a falta de conhecimento histórico ou de como funciona a economia. 

terça-feira, 23 de junho de 2015

US Manufacturing PMI

O Índice US Manufacturing PMI caiu novamente em junho para o menor nível desde 2013, a 53.4, contra uma expectativa de 54.1. Mais uma decepção e mais um dado aquém do esperado.

Acreditamos que esse número, juntamente com os outros anteriores a ele, mostra uma melhora com relação ao primeiro trimestre, mas uma desaceleração antes do começo do terceiro trimestre.

Mais algumas decepções como essa e poderemos ver o FED manter a taxa de juros em zero até 2016. Se as decepções vierem ainda maiores, poderemos ver uma volta do QE.


Parte dessa desaceleração vem da alta do dólar, que está punindo os exportadores. Esse relatório nos leva a crer que as empresas devem diminuir o ritmo das contratações para adequar seus estoques.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Empiricus hoje - Ouro

"Instiga-me fortemente, por exemplo, as visões do gestor Ray Dalio e do megainvestidor Marc Faber sobre ouro. Ambos têm sido bastante taxativos.
O primeiro diz algo assim: “ora, meu caro, só há uma razão para você não ter algo de ouro: você não conhece ou não estudou história econômica. O metal precioso sempre foi, em maior ou menor grau, um tipo de moeda, servindo de reserva de valor, unidade de conta e meio de troca. Deve, portanto, fazer parte de todos os portfólios como ferramenta de diversificação. Você pode ter muito ou pouco, mas alguma coisa precisa ter. Eu, pessoalmente, tenho muito.”
E o Marc Faber alerta de forma explícita: “2015, ou talvez 2016, pode ser o ano em que a credibilidade dos Bancos Centrais estará ferida de forma indelével, como reconciliação a toda a distorção que criaram nos mercados e nas economias desde 2009. Compre ouro como seguro contra um enfraquecimento das autoridades monetárias e sua concepção de moeda fiduciária.”

A propósito, o ouro beneficia-se dos comentários pombásticos de Janet Yellen ontem e sobe 2% no mercado internacional hoje, para US$ 1.200/onça, patamar em que parece sentir-se mais confortável."

Surpresa, surpresa: FED não sobe os juros

Como amplamente esperado por nós e por todos os leitores do nosso blog, o FED manteve, mais uma vez, a taxa de juros inalterada.

Já estamos chegando no sétimo ano de juros zero e a tão esperada alta ficou para depois. Vale lembrar que esse movimento não deveria ser surpreendente para ninguém: há pouco mais de 3 meses, o mercado dava como certa a alta de juros em junho. Agora ficou para a próxima reunião (como sempre) – nós continuamos duvidando.

E depois de ler o comunicado do FED e assistir a entrevista da Janet Yellen, nos parece que quem espera uma alta significativa na taxa de juros vai ficar desapontado. Yellen continua “dependendo de dados”, e nós já sabemos que os dados não serão bons!

O que poderia mudar na economia de agora até a próxima reunião, em 3 meses? Por que não subir os juros já de uma vez? Qual outra melhora no mercado de trabalho seria preciso para que essa alta acontecesse? Vale lembrar que sempre que o FED impõe uma regra para subir os juros, eles mudam a regra no final: desemprego a 6.5%, inflação em 2%, etc.

A grande verdade é que não há recuperação alguma na economia norte-americana e o FED sabe disso. Infelizmente, eles têm que manter isso para eles e fingir que tem a intenção de subir as taxas de juros, mas sem fazê-lo. Sempre fica para a próxima reunião.

E ontem vimos uma Yellen reforçando que não sabe o porquê as pessoas estão tão focadas nessa primeira alta, o importante seria a trajetória; além disso, segundo ela, se essa alta ocorrer, não significa que outras virão, ou seja, o FED pode subir a taxa de juros de zero para 0.25%aa e pausar por um tempo.

Isso não parece ser uma economia vibrante...


Continuamos sugerindo aos nossos clientes uma pequena exposição física em metais preciosos.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Tesla - o short do ano

São tantos problemas que é até difícil começar a escrever sobre eles... Mas vamos tentar.

Com uma capitalização bursátil de US$32 bilhões, a Tesla é um pouco menor que a GM, com seus US$57 bilhões. As diferenças começam aí.

A GM entregou quase 300 mil veículos em maio de 2015, contra 10 mil vendidos pela Tesla no primeiro trimestre inteiro!!!

Em cima desses números do primeiro trimestre, a empresa obteve um prejuízo de US$0.71 por ação, de acordo com estimativas da Merrill Lynch. Mas o mercado preferiu ignorar os números e excluir as perdas com o câmbio (sem trocadilhos) e créditos regulatórios e chegou a US$0.36 de prejuízo por ação, contra um prejuízo esperado de US$0.49 – melhor que o esperado!!! Sério???

Todas as corretoras e bancos que seguem a ação a põem em múltiplos para 2020, já que é quando eles esperam que a ação esteja barata. Levando em conta que os analistas não conseguem prever com exatidão os números para o próximo trimestre, como podemos ter certeza dos números de daqui a 5 anos?

A empresa tem dívidas de mais de US$3.3 bilhões, que é facilmente manejável com a taxa de juros a zero. Ela ainda está queimando caixa, investindo em fábricas e novos modelos. O que acontecerá com as ações quando a taxa de juros subir e os benefícios fiscais se exaurirem (i.e., as vendas caírem)? Lembrando que o rating da Tesla é B-, 3 posições abaixo do “investment grade”.

Admiramos o CEO, Elon Musk, e gostamos da empresa, mas achamos que ela está precificada para a perfeição, que raramente acontece.

A Tesla pode ser o short do ano.


Imporante lembrar que o valuation pode ficar ainda mais insano, antes de uma correção significativa. Não recomendamos aos não-profissionais a venda a descoberto.

terça-feira, 9 de junho de 2015

HSBC

Depois do JPMorgan, chegou a vez do HSBC, banco que está saindo do Brasil, anunciar um corte espetacular de empregos: 50mil, ou seja, um em cada cinco será cortado.

Com essa economia, o HSBC pretende aumentar os dividendos pagos aos acionistas e/ou aumentar a recompra de ações no mercado (para sustentar o preço).

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Jobs Report

"There are lies, damned lies and statistics" - Mark Twain

O BLS (Bureau of Labor Statistics) divulgou o tão esperado Relatório de Empregos (Jobs Report). Os números vieram dentro das previsões, superando um pouco as expectativas, com 280mil novos empregos criados.

Claro, uma vez mais, não podemos olhar esses números de perto para não correr o risco de desapontamento.

Abaixo, um detalhamento dos principais dados desse relatório:

Setor                           Número de Vagas Criadas
Educação e Saúde      +74,000
Garçons                       +57,000
Varejo                          +31,400
Temporários                +20,100
Mineração                    -18,000
Informação                   -3,000

Como podemos ver, os empregos de “baixa qualidade” e temporários foram responsáveis pela maior parte dos empregos criados em maio.


Ainda temos dúvidas sobre a produtividade americana e vemos um FED ainda distante de aumentar as taxas de juros. Vale lembrar que estamos entrando no sétimo ano da dita “recuperação”...

terça-feira, 2 de junho de 2015

Ouro: o melhor investimento do ano


Matéria do Infomoney mostra que o ouro foi o segundo melhor investimento de maio, com alta de 4.3% e o melhor investimento desse ano, com alta de 20.2%.

Dólar é o melhor investimento de maio com alta de quase 6% - InfoMoney 

Texas e Ouro

O estado do Texas é mais um na lista dos grandes que querem ter a custódia do seu próprio ouro. Há poucas horas, foi anunciada uma legislação para criar a Texas Bullion Depository, para que o estado possa armazenar seu ouro, atualmente em Nova Iorque.

Estamos vendo um movimento muito grande de países que querem ter a sua posição em ouro aumentada e custodiada em seu próprio território.  Em maio, a Áustria se juntou a esse time, composto por Alemanha, Bélgica, Rússia e China, e demandou que seu ouro fosse devolvido aos seus cofres.

Realmente,se é para ter metais preciosos, é melhor tê-los na forma física e custodiados em um local de livre acesso para seus donos.


Podemos ver o ouro como uma outra moeda, uma que governo algum pode imprimir e que, por isso mesmo, tem valor e não precisa pagar juros.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Entrevista para o Jornal "O Tempo"


Mercado. “O impacto desse resultado não deve ser muito grande. Veio abaixo do esperado, mas não foi uma surpresa, diante da crise hídrica que o país está passando”, afirma o gestor de carteiras e de fundos e sócio da L2 Capital Partners, Marcelo López. Ele destaca ainda o aumento dos custos com mão de obra e energia elétrica na vida financeira da companhia de abastecimento e água. Para ele, o custo com energia é compreensivo, já que “aumentou, continua subindo, e sua utilização faz parte do negócio”. Já a mão de obra, para o analista, não tem justificativa ter aumentado. “É uma preocupação, pois a empresa deve se mostrar competitiva”, diz.

http://www.otempo.com.br/capa/economia/consumo-de-%C3%A1gua-cai-16-1.1039936

Entrevista para o Jornal Hoje em Dia

No entanto, para especialistas do mercado financeiro os dados positivos não apontam melhoria do quadro econômico. O sócio da L2 Capital Partners, Marcelo López, explica que a expectativa para o trimestre era de queda de 0,5% no PIB. Para ele, a piora nos próximos meses é praticamente certa.

“Existem amortecedores nesses números e ainda não sentimos o peso das demissões do primeiro trimestre, graças ao seguro-desemprego e negociações com as empresas. Além disso, estamos observando mais demissões nesse segundo trimestre, o que trará impacto negativo em setores de imóveis e varejo. Os efeitos das altas dos juros e aumento de impostos também começarão a ser sentidos”.

http://www.hojeemdia.com.br/noticias/economia-e-negocios/consumo-das-familias-puxa-queda-de-0-2-no-pib-do-primeiro-trimestre-deste-ano-1.321674