Foi divulgado hoje o índice Empire State de
atividade da manufatura. Ele recuou de 27,54 para 6,17 em outubro. Destaque
para as quedas nos subíndices de Encomendas (de 16,86 para -1,73) e Embarques
(de 27,08 para 1,12).
Depois de um número ruim, nada como outro...
As vendas no varejo também recuaram (0,3% em setembro).
A parte interessante é que esse número ainda
foi sustentado pela alta dos automóveis. Estamos diante de outro subprime, o
dos automóveis – posição que vimos falando há algum tempo.
O governo vem fomentando a compra de
automóveis novos com sua política de juros zero e isso tampouco acabará bem.
Até onde for possível, as vendas de veículos vão subir, os executivos das
montadoras receberão gordos bônus e políticos serão eleitos com base nessa
“melhora” aparente. Infelizmente, sabemos de antemão que eventualmente a conta
chega e, quanto mais demorar, mais cara fica.
Por último, foi divulgado também o índice de preços ao produtor - deflação
de 0,1% na comparação mensal.
Com isso, vários “experts” estão prevendo que o FED deve demorar
um pouco mais para elevar os juros. Como vimos falando há anos, o FED não pode
subir os juros sem causar o estouro da bolha que ele mesmo criou. Caso os juros
subam, os mercados acionários, de bônus e de residências despencarão – o que
anulará toda a política de crescimento pelo chamado “efeito riqueza” (quando o
preço dos ativos sobe, as pessoas se sentem mais ricas e gastam mais dinheiro,
estimulando a economia).
Assim, infelizmente, acreditamos que o FED vai continuar com sua
política de juros zero até que os mercados se dêem conta de que tal política
não pode acabar nunca sem uma grave crise. E não descartamos um novo programa
de QE.
Continuamos apostando no ouro (que já subiu 5% desde a nossa
última publicação) como um bom hedge contra a insanidade dos Bancos Centrais.
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